A vida política, econômica e social durante os primeiros séculos do império gravitava em torno de da Urbe (termo latino para "cidade", como se referiam a Roma. Roma era a sede da autoridade imperial e da administração, principal lugar de trocas comerciais entre Ocidente e Oriente, além de ser de longe a a cidade mais populosa do mundo antigo com mais de um milhão de habitantes. Por isso milhares de pessoas afluíam diariamente à cidade por mar e terra, enriquecendo-a de artistas e escritores de todas as regiões do império.
Existia uma clara diferença entre viver em Roma ou nas províncias: os habitantes da capital gozavam de privilégios, enquanto o peso fiscal era reservado pesadamente às províncias. Também entre a cidade e o campo, a qualidade de vida era melhor e mais agitada para os citadinos, que usufruíam de serviços públicos como termas romanas, aquedutos, teatros e circos.
Com a crise do terceiro século, recursos foram deslocados da região do Mediterrâneo para as regiões de fronteiras onde os imperadores precisavam passar mais tempo. Assim, no século III, cidades como Augusta Treverorum (atual Trier), no vale do rio Mosela, e Sirmium, Naissus (atual Niš) e Serdica na região Danúbio serviram como capitais temporárias do império. [6]
Na época do imperador Diocleciano, Roma perdeu o seu papel de guia em favor de outras sedes como Mediolanum (atual Milão), Augusta Treverorum (atual Trier), Nicomedia (atual İzmit) e Sirmium (atual Sremska Mitrovica). No século V, como desejado antes por Constantino I, Constantinopla (atual Istambul) se impôs devido devido ao relacionamento de força entre um Oriente ainda próspero e um Ocidente às voltas com hordas bárbaras e sempre prostrado pela crise econômica, política e demográfica.
Depois da crise que paralisou o império nos decênios centrais do século III, as fronteiras se tornaram mais seguras a partir do reinado de Diocleciano (284-305), o qual introduziu profundas na administração e no exército. O império pôde assim viver um período de relativa estabilidade ao menos até a batalha de Adrianópolis {378)[7] e, no Ocidente, até os primeiros anos do século V, quando iniciaram as perigosas incursões por parte dos visigodos de Alarico (401-402) que continuaram até culminarem no célebre saque de Roma em 410[7] , referido pelo contemporâneo Santo Agostinho de Hipona, como um acontecimento notável da época e, por alguns, como o fim do mundo. Os últimos dias do Império Romano do Ocidente (o do Oriente sobreviveu por mais um milênio) foram em um clima de morte e miséria pela população de muitas regiões do império, assoladas por guerra, carestia e epidemias. A consequência final foi a queda da própria estrutura imperial.